domingo, 16 de junho de 2013

Comed(t)ida



Quem sou eu? Não sei, estou em construção e eu não sei se esta obra tem fim. A cada dia percebo o quanto não sei nada, nem de mim nem da vida. De onde vivo? Não sei, não sei de nada, não sei das pessoas que me cercam , das que me rodeiam , das que não estão mais perto de mim, porem estão em meu coração, não sei de pessoas que as vezes eu escutava alguma noticia, não sei nada versos nada de pessoas que só passaram por minha vida em algum momento como : trabalho, escola, faculdade ou socialmente falando, destas pessoas eu não posso nem citar! Não sei, não sei quem eu sou , para onde vou e nem ao menos onde quero estar. O que, ou quem sou eu? Será que algum dia irei saber , ou depois que eu partir alguém saberá? Não. Ninguém sabe quem sou eu e ninguém saberá! Eu nunca vou saber, e você nem pensar! Para ser sincera poucas pessoas se conhecem e menos ainda pouquíssimas querem se conhecer. Porque alguém nesta vida larga perderia tempo em querer saber quem eu sou? Eu não quero, eu não quero saber quem eu sou, quero me descobrir dia a dia para todo dia ter o que descobrir. Quero não ser só surpresa para os outros, quero ser surpresa para mim, alias, eu adoro surpresas, não tanto as surpresas amargas, mas ainda sim eu gosto. A atual fase de conhecimento é a medida: medida de paciência, medida de amor, medida de tolerância, medida de simplicidade, medida de humildade, medida de soberba, medida de carência, medida de doação, medida de controle...ui! Esta é a pior de todas, porque quando se quer ter a medida de tudo se quer ter o controle....Difícil! Ter a medida do controle, ou controlar com medida? Ser comedida ou cometida? Ta ai? O que você acha? Ser comedida ou ser cometida?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

PARA O RESTO DE NOSSAS VIDAS... Autor: Elson Sousa Lopes

Este texto não é meu, mas achei especial e real.
Espero que gostem.

PARA O RESTO DE NOSSAS VIDAS...

Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto
de nossas vidas.

Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de
cada um, depende da vida que cada um de nós levou.

Levaremos lembranças, coisas que sempre serão
inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a
nossa existência em algum instante.

Provavelmente iremos pela a vida a fora colecionando essas
coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi
importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou
marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma
tatuagem.

Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras
superficiais porém com algum significado também.

Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se
contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância pois
só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los.

Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma
poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha
nos dito num momento certo.

Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se
recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso.

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma
decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um
desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi
alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro
fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso,
um perfume, um beijo.

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas
dentro de nós. Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras
porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos
magoado profundamente, quem sabe haverão algumas que deixarão marcas
profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem
conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade
de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar
conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente
foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias ou
tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.

Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se
houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto
de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos.

Elson Sousa Lopes

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

QUANTO TEMPO AINDA FALTA?




Depois de 1 ano.
Depois de 1 ano eu olho ao redor do meu quarto e vejo uma vida comprida. Eu sinto que não estou aqui a apenas 1 ano, meu Deus, tem mais do que isso!!!! Eu sinto que tem.
Eu falo, não apenas por todas as mudanças que consigo ver com meus olhos, não pela cor das paredes, não pelo sofá branco que surgiu em uma quarta-feira de surpresa, não pelo travesseiro que comprei para ver se a gente dormia melhor, não pelo incenso que até parei de ascender por falta de tempo, não pelas fotografias que me mantém mais perto fisicamente dos que amo, não é pelo som do ventilar velho, não é pelas latas de lixo novas que não são mais novas, não é por nada disso que eu sinto que tem mais do que 1 ano que estou aqui.
Interessante, semana passada, olhando algumas fotografias de 1 ano atrás, eu me vi. Me vi tão diferente. Me vi crua, boba, imatura, sonhadora, inocente, crente, me vi feliz, sorridente, me vi flutuante, transeunte, distraída, inexperiente. Falei com a Carol (uma amiga minha) que eu estava me sentindo mais velha, que olhava minhas fotografias de 1 ano atrás e que me via diferente das fotografias atuais, ou seja, um ano depois. E eu disse a ela que me via diferente.
Hoje, uma semana depois de conversar com a Carol eu descobri o porquê da diferença. Se passou 1 ano.
E nesse ano, quanta diferença.
Muita gente pode achar que é fácil, que viajar e viver uma experiência dessas é muito simples e só existe diversão. Puro engano. UM ANO depois eu posso dizer que não é nada fácil. Mas que é muito importante, ou foi importante, ou melhor, está sendo importante. Posso dizer também, que não está sendo simples, que estou cada dia me conhecendo melhor... Ups! Espera aí. Já sei onde vi a uma semana atrás, conversando com a Carol, que eu vi uma pessoa diferente nas minhas “antigas fotografias”. É isso. Eu vi a outra Pollyanna. A Pollyanna do começo, a aluna da vida que ingressa na Faculdade, eu vi a menina que acabou de ganhar a festa de 15 anos e acredita que o mundo é dela e que ela pode brincar como ela quiser. Oh, ledo engano.
Bonita é a vida que com todo o seu charme nos mostra a destreza de viver. E olha que depois da Faculdade tem mestrado, doutorado e....e lá sei vai cada dia mais adquirindo conhecimento. Nunca se deve parar. Eu pelo menos não pretendo.
O mais importante da vida... A busca do conhecimento.
A beleza vai embora, dinheiro acaba, saúde com o tempo também, e no fim , bem no fim de tudo, a única coisa que levamos com a gente são os sentimentos únicos, vivenciados e diferenciados de acordo com o seu “CONHECIMENTO”.
1 ANO.
O pior que depois de 1 ano, eu estou aqui escrevendo como se eu tivesse aprendido tudo.
Pára né?
Vamos começar de novo?
Vamos achar que tudo é um começo e viver intensamente e arregaçar as mangas e aprender, como se fosse o último dia?
Vamos viver cada ano como se fosse último ano?
Vamos viver como se fosse uma experiência única e que você precisa aproveitar porque você investiu nisso?
Vamos viver cada ano e depois dele repensar???
É.
Como 1 ANO faz tanta diferença!
Como um dia faz tanta diferença.
Como vocês com suas puras e únicas complexidades fazem toda a diferença.
Eu quero viver mais um ano.
Quero aprender mais um ano.
Quero aproveitar este presente divino mais um ano.
Quero ser feliz e triste mais um ano.
Quero sofrer por minhas angústias e quero comemorar minhas vitórias por mais um ano.
Quero sentir a saudade, mesmo que por pessoas diferentes por mais um ano.
Quero sentir a falta de algumas coisas por mais um ano, e quero curtir a presença de outras coisas por mais um ano.
Quero viajar na loucura dos meus pensamentos
Quero amar com todas as minhas forças.
Quero acreditar na lealdade, no companheirismo, na amizade, na base sólida da família.
Quero ser eu, quero ser maluca, plena, sincera, complexa, simples, composta.
Quero ser intensa sempre e para sempre.
Não apenas por mais UM ANO.


domingo, 5 de junho de 2011

"Viajo para ver de perto o que está longe e ver de longe o que está perto."




Hoje é dia 05 de Junho, faz quase um ano que eu comecei esta pequena jornada que me propus a cumprir.
Muitas coisas aconteceram nesses meses, muitas pedras no caminho, muitos abraços, muito sorriso e muito choro, tristeza e solidão também. Algumas vezes eu paro e me pergunto se tudo isso vale a pena. Me pergunto o que eu estou fazendo? Para que eu estou fazendo tudo o que tenho feito? Onde realmente eu quero chegar?
Não sei exatamente para onde estou caminhando, me sinto perdida no meu mundo de Alice.
Meus pensamentos mais prazerosos estão nas pessoas que amo e que estão distantes de mim fisicamente. Acho que é natural. Como diz uma frase que li a algum tempo atrás; "Viajo para ver de perto o que está longe e ver de longe o que está perto."
Hoje depois de fazer uma grande e demorada viajem vejo o quanto minha vida simples, pacata, anônima, comum e trivial é tão importante para mim. Como as pessoas que mais amo nesta vida são peças fundamentais em meu quebra cabeça.
Hoje vejo com outros olhos e sinto que o valor que as pessoas tem em minha vida é maior do que eu imaginava. Simples carinhos e abraços de conforto e carinhos, simples gestos de amizade, um colo, um sorriso, um abraço caloroso, momentos de silêncio, dias de festa e música, dias de sol, dias de caminhadas na Avenida Silva Lobo, dias quentes para ir tomar sol na casa da Carol com piscina de plástico e muita cerveja gelada, dias de chuva para encostar na cama e dormir a metade do dia e a outra metade comer e e assistir a algum filme, dias de muito trabalho, dias de correria, dias simples como um almoço feito em casa com o maior tesouro da minha vida: minha filha. Dias de ir ao shopping , dias de não fazer nada, dias de trabalhar quase que o dia todo. Vida comum, mas vida com vida.
Como viajar faz bem a mente. Como sair do seu espaço comum é importante e nos faz crescer. Talvez seja este o meu propósito. Talvez eu já tenha conseguido responder as muitas perguntas que me faço com frequência. Viajar faz bem para a alma, renova o espírito, eleva o nosso ser.
Viajar é imenso, um campo vasto de estudo e conhecimento, viajar transforma, completa, aprimora.
Viajar é preciso. Como diz Amyr Klink,

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser”

Conto os dias para ver de perto o que está longe.
Amo vocês minhas peças de quebra cabeça! E amo também meu mundo de Alice. Pois é nele que encontro conforto, que sou quem eu sou sem medo de nada, que me permito chorar, sorrir, não fazer nada, ou fazer tudo.
Beijos no coração.

terça-feira, 12 de abril de 2011

AQUI VOCÊ DEIXA!!!: Voo denso

AQUI VOCÊ DEIXA!!!: Voo denso

Voo denso


Bola de sabão soprada ao vento. Voo para qualquer lugar que o vento me conduzir, nada está mais sobre o meu controle, larguei mão de querer controlar tudo, ainda mais querer controlar o "vento". Loucura isso.
Desisti de deter qualquer movimento duvidoso. Resolvi deslizar nas ondas cálidas e amenas.
Os voos são excessivamente destemidos.
Em algumas circunstâncias voo até as alturas. Aspiro novos ares, vou em dimensões jamais vivenciadas por mim. Tudo ao redor parece embebido de paz, bem estar, contentamento. A luz é clara e invade toda a consistência de minha existência. O cheiro é de flor, de sol batendo na água de chuva que acabou de refrescar o dia tórrido. A brisa abranda o voo, toda a extensão indefinida do caminho é suavizada com a sugestão íntima experimentada. Eu cerro os olhos com o apetite de apreciar excessivamente o ápice do momento com a única e simples intenção de nutrir a imaginação. Voo perigoso, sagaz, valente e destemido. Voo pleno de calor.
Outras situações já fazem do voo dar ares de derrota. Voo livre, queda, culpa, pecado. São atrevidos, altivos e irrequieto. Saltam no ar em queda livre, desafiam a lei da gravidade, contesta a existência do limite do real e do abstrato. Por pouco toca o chão. Bola de sabão.
O aroma é de poeira, de chão árido, vida seca, rota, massacrada. E o vento sopra de novo, bola de sabão.
Novo instante, notícia diferente, levantar voo, e a mente voa, desliga em pensamento. Refresca a alma, e aquece o coração. Brilho nos olhos, lágrima, canção. A imaginação não paira no ar, corre, desaparece no vento, esquece. Fantasia, contentamento, satisfação.
Voa alto, voa longe , voa , voa, bola de sabão.

segunda-feira, 28 de março de 2011

COMPLEXIDADE DO SER


Somos dois
Pensamentos ao avesso
Sentimentos e anseios
Tirania e medo

Somos dois
Cada dia diferente
Orquestrado em nossa mente
Devagar e impaciente

Somos dois
Pensamentos
Desiguais
Subseqüentes

Somos dois
Culminante alegria
Adversa fantasia
Sincera companhia

Somos dois
Velada frenesi
Sufocada harmonia
Investigável covardia.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

...À FLOR DA PELE...

Minha pele tem cheiro, um cheiro único, exclusivo, excêntrico, meu. Porque o cheiro da pele muitas vezes é pouco explorado? A essa essência da pele, essa exclusividade é um campo vasto a se percorrer.
A pele pode ser pouco explorada por alguns, ou por muitos, mas por mim, hum...isso não é verdade. Sou uma desbravadora de peles...brincadeira.
Brincadeiras a parte, ou á pele...rsrsrsrrs.
Mas agora, sem brincadeira nenhuma e com muita pele.
Eu acredito que a pele é o receptor da mensagem mais profunda que transmite todos os sentimentos efêmeros de forma mais rasa, rápida e sem controle.
Quando se sente na pele uma emoção, você não domina, você é dominado. Você se cala e aceita, você se deixa levar, você é como um cavalo que segue o caminho conforme o cavalheiro leva a rédia. Infelizmente a pele fala por você e não tem como se negar nada, porque a transpiração grita, o coração dispara, o arrepio se instala.
A pele. É preciso pensar mais na pele. Proteger do sol, do calor, dos dias frios de inverno que a queimam como se fossem brasa. A pele. É preciso protegê-la da fumaça dos carros, da água quente do chuveiro, da toalha que arranha.
A pele.
A pele protege, mas precisa de proteção também.
A pele mostra seus anos de vida, seus segredos que muitas vezes você se esforça em esconder, mostra suas loucuras a ouvir a vaidade, mostra o desejo de querer parecer mais jovem.
A pele fala por si. Brilha quando se está nervosa, porque se transpira como se estivesse em uma sauna.
A pele fica pálida quando se assusta, quando se surpreende, a palavra some da boca, os pensamentos correm ao vento e a cabeça roda como se estivesse em uma roda gigante.
A pele fica vermelha, quando se tem vergonha de si mesma ou quando perde o juízo. Quando se expõe ao sol em excesso como se fosse roupa molhada presa no varal.
A pele fica roxa, quando de um súbido qualquer você se esbarra em algum móvel da casa, ou quando suas emoções já não tem mais para onde correr e brotam em sua pele como lírios de primavera.
A pele fica quente quando se tem febre, febre de gripe, de dor de garganta, febre de amor também.
A pele fica fria quando a pressão abaixa, quando se tem medo de contar alguma coisa que se sente, quando se tem vontade demais em realizar algo e a ansiedade é mais forte que o desejo.
A pele com o tempo se enrijece ou fica flácida. Em cada parte do corpo a reação é diferente. A pele que está sempre a mostra, que recebe todo o calor, todo o frio, com o tempo fica rígida como uma pedra, vai perdendo um pouco seus sentidos, vai perdendo um pouco a razão.
A pele que se esconde, que se protege com mais frequência com o tempo amolece, fica boba, não te obedece mais.
A pele com o tempo assina sua declaração de óbito, pede socorro, clama por ajuda.
A pele com o passar dos dias quer sentir o que já sentiu, quer reviver, transpirar de novo como adolescente, quer sorrir para vida como se ainda tivesse dente.
A pele precisa de loção, de massagem , de dosagens medidas de sol, calor e frio.
Ela pode dependendo de seu esforço se regenerar, mudar de roupa, revivificar. A pele necessita de ar, de acalento, de roupa confortável, de aconhego. A pele precisa de banho com água natural das cachoeiras.
A pele precisa de toque, de afago de outra pele colada na pele.
A pele precisa respirar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

HOW I GO TO MY SCHOOL

When I was going to school on tuesday, January 25, my thoughts came with me, of course and poked me all the time .
I took the 27 Bus and I stopped at Lombard St with Eutaw St. In the bus I looked around and I observed the different kind of people in the bus. I felt happy because I am different, too. Especially this day.
My heart was quiet and peaceful.
After that I pulled the bell and I got off the bus. I was walking on Lombard St and thinking about my life. My thoughts was running while I was walking. I could run after them, but I decided to keep walking while I walked alone. However, I could see my thoughts and felt them, too. I felt free.
I saw my face in the glass of many stores, an I looked again, again and again. While I saw my image in the glass my thoughts stopped to run and began to walk with me. My mind was concentred about my life this moment. I thought in my daugther in Brasil, in my family, in my friends, too. But I thought to much in me.
I looked again to my image on the glass, I was wearing gloves, hat, scarf and glasses. I couldn't know who was the woman. I asked to me: What are you doing? What do you want? What are your dreams? And I answered to me: This is my dream. I am walking behind him.
After that my heart began to jump and my legs wanted to fly. I wanted to run to my dreams and give a hug them. I felt happy, and I told for myself: You can do it!
Now, I am writing about my dreams, about my life, about my feelings and about how I go to my school every day. I go to my school looking for my image on the glass of stores and thinking about everything my heart needs.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O QUE FALAR DAS PONTES?

O que são as pontes?
Quando penso em pontes em uma família eu penso em uma ponte forte, que quando nascemos já está de certa forma construída pelos nossos pais. Esta ponte nos leva ao encontro de nossos valores, de nossas raízes, nos levam as nossas culturas. Eu sempre penso nesta ponte como uma ponte a ser restaurada sempre. Ela precisa ser e nos dar o porto seguro que precisamos em momentos difíceis e precisa ser também a passarela para o desfile de nossas realizações e alegrias. Eu consigo ver essa ponte, eu consigo sentí-la também. A minha ponte para a família tem alguns buracos, alguns pedaços a serem reconstruídos, mas sua fundação é rígida e de uma profundidade suficiente para se manter em pé por muito e muito anos, gerações e gerações. Ela é uma ponte construída com grandes pedras acizentadas, com cimento grosso e com muitos pontos de verdes naturais que as pontes de pedra normalmente tem com o passar do tempo. Por essa ponte eu posso ir e voltar sempre que tiver vontade. Eu posso assentar, eu posso ler um livro no meio dela, eu posso correr para um lado e para o outro, eu posso chorar debaixo da ponte. Eu sempre atravesso essa ponte quando preciso de forças, lá eu posso contar minhas aventuras, meus conflitos, posso comemorar minhas vitórias e posso ficar por lá sem fazer nada, apenas curtindo o tempo passar. Essa ponte é essencial em nossas vidas. Pelo menos é o que eu penso.
E o que dizer da ponte entre filhos? Nossa, essa ponte deve ser construída por nós pais, como a ponte que os nossos pais construíarm para nós, ou quem sabe até melhor. Essa ponte entre filhos em um primeiro momento é de mão única. Doamos carinho, amor, paciência, ensinamentos, doamos tudo o que temos aos nossos filhos por meio dessa ponte. Todo o sentimento de amor que temos enviamos em uma única direção, nossos filhos. Com o passar do tempo, sem nem percebermos direito quando, essa ponte começa a ter uma outra mão de direção. Nossos filhos começam a se manisfestar e mostrar a gratidão por termos construído essa ponte. Nossos filhos nos enxem de orgulho, de carinho, de amor, nos monstram novas pontes, nos fazem fortalecer ainda mais essa ponte. A ponte entre os filhos começa a ter diálogos profundos, momentos mais profundos que os diálogos, olhares fortes e marcantes. A ponte começa a encher de vida os dois lados dela de uma certa forma que se engrandece. A minha ponte entre minha filha tem flores, tem água para matar a sede, tem paixão, tem companheirismo, tem sossego, tem choros também , tem saudades, algumas vezes tem brigas, em outros momentos apenas festas e alegrias. A ponte vai se fortalecendo cada dia mais e com isso mais pessoas podem atravessá-la, entrar em nossos caminhos e participarem de nossas vidas e fazer parte de nosso lar.
A ponte dos amigos? Ah! Essa ponte sempre tem duas mãos, desde que nasce. É preciso ouvir e ser ouvido, respeitar e ser respeitado, dar carinho e atenção e naturalmente receber de volta quando se precisa. Essa ponte tem que acolher quando um ou outro necessitar. A ponte da amizade precisa ser reciclada, precisa ter jogo de cintura, porque amigos sempre mudam e devemos respeitar essas mudanças, porque nós também mudamos. A ponte da amizade deve aguentar qualquer tempestada e qualquer enxurrada. A ponte da amizade precisa estar em festa quando o amigo está feliz, precisa celebrar quando o amigo obtem conquistas em algum aspecto em sua vida. A ponte da amizade é grande e cheia de curvas. É uma ponte diferente e especial.
E a ponte do amor?
Como diz Lenine:
"Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte

A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento..."

Eu preciso da ponte. Para encontrar meu amor.
Mas como é que faz para atravessar a ponte?
Primeiro é preciso querer sair da ilha...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Natal

Hoje eu acordei muito diferente. Meu sono foi tranquilo, sereno e dormi o suficiente para descansar o corpo e a mente. Mas mesmo assim, apesar de ser dia 25 de Dezembro, Natal, eu queria curtir a preguiça , curtir minha cama, matar a saudade do colchão gasto, das paredes que inúmeras vezes foram ouvidos para os meus lamentos, minhas alegrias ou até mesmo consolos de bêbado que me mantia em um espaço definido e seguro.
Como eu disse, eu queria curtir a preguiça. Levantei, aliás , uma xícara de café fresco veio até mim , pelas mãos magestrosas da minha mãe. Hum....melhor impossível!!!
Minha filha já estava pronta para ir almoçar na casa do André ( seu namorado), e eu com a cara amarrotada e com hálito do dia anterior, querendo continuar o sono que foi partido ao meio, mas enfim,o café estava maravilhoso, minha filha quente!!!! Oh, acho que troquei as bolas. Minha filha maravilhosa e o café quante!!! E o dia corria.
Levantei, com a xícara na mão, este agrado de mãe que é bom demais. Bem mineiro mesmo.
Não me preocupei com o cabelo, com o andar, eu sabia a direção da cozinha de olhos fechados e o Panetone me esperava, porque com aquele café, eu merecia um acompanhamento a altura.
Comi o Panetone e tomei aquele café com um prazer jamais sentido, mas com a mesma preguiça com a qual me levantei, então eu saborei de verdade, com calma, com preguiça...mas eu já pensava em voltar para a cama. Minha cama me chamava, eu acho que ela também estava com saudades de mim.
Voltei, me aconcheguei, me larguei naqueles lençoes. Deitei com uma vontade louca de ficar ali por horas, esquecer o relógio, esquecer que eu "tinha" alguma coisa por fazer. Peguei meu Ipod, fui jogar Soduko para não pensar em mais nada, acabei pensando tanto no jogo que me transportei. De repente uma voz...
Foi o susto mais bem dado que já ganhei. Minha mãe conseguiu verdadeiramente me fazer flutuar, porque de verdade fiquei um palmo do meu colchão com aquele susto.
O dia depois do susto correu manso. Almoço de Natal com Tia Coeli , Diego e mamãe. Muita conversa boa. Depois do almoço, café, cozinha para arrumar, fotos e histórias para ouvir e para terminar a tarde, aquela soneca de tirar o fôlego, de volta a minha deliciosa cama.
Delícia.
O dia foi assim, comemos, bebemos, tiramos fotos, vimos fotos, contei e escutei muitos casos, mamãe fez um abajur especial para sua casa e eu estava alí, pensando, o quanto estava Feliz em estar em casa. Minha filha, minha mãe, André, todos curtindo o dia juntos e felizes.
Senti falta e pensei em muitas pessoas; minha irmã e seus filhos que amo muito, Scott, amigos do Brasil, tias nos Estados Unidos, Philippe trabalhando em São Paulo, ah....muitas pessoas vieram a minha mente. Foi bom , me senti feliz de novo.
Eu olhei para trás, para um passado recente, enxerguei uma história de luta nessa jornada. Os últimos quatro meses também foram assim. Estou feliz neste Natal, especialmente por ter superado quatro meses especialmente diferentes, quatro meses que em que me descobri, me reconheci, sofri, chorei, vivi sonhos e pesadelos, medos e questionamentos, e muitas contradições...
Sentimentos serrados, coração esmagado, toda a fragilidade exporta.
Mas eu venci.
Mais uma vez eu venci.
Venci a mim mesma.
Conheci pessoas novas, reconheci pessoas que já conhecia, me abri para o novo e me permiti, desabrochei.
Quero ser flor eternamente. Por isso eu penso que 2011 vai ser um jardim. Vou plantar mudas bem plantadas, vou regar, cuidar da minha natureza, cuidar das pessoas que vizitam meu jardim , que contribuem para cada flor que cresce em mim. Vou cuidar das pessoas que me dão frutos bons, que me fazem cuidar da terra, do meu jardim, do caule, da folha. Fazer a flor cheirar.
2011 vai ser assim , flores a plantas e flores a colher.
Eu quero um jardim.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

À minha filha!










Almost twenty years ago, I was in the hospital, because I was pregnant and my baby was prepared to be born.
When I knew about the pregnancy I felt worried and fearful, because I was so young. I was only eighteen years old and my boyfriend was twenty nine years old. We didn't marry yet. After the fright, I felt good and very, very happy as well as anxious about my baby. I didn't want to know the sex of the baby, I wanted to have a surprise, therefore I didn't know what name I could get for my baby.
My baby decided to born on December, 6. One day before that, my husband and I went to bed for sleep, and I slept in five minutes. I was so tired, because my belly was so heavy. At midnight I felt a desire to eat something, so I woke up and I went the kitchen and ate cold beans with tomatoes. I came back to my bed, and slept again. Five hours later I woke up again, because I felt the hot water im my bed. I thought, I did pee in my bed!!!! But, is wasn't happenning. my husband woke up, too, worried, and told me: it is your amniotic fluid! And then, we went fast to the hospital. About eight hours later my daughter was born. My daughter was so beautiful. She has blue eyes, red hair and white skin. When she came to my bedroom in the hospital, I felt so happy. Today, nineteen years later, when I close my eyes and think about all the nineteen years, I start to cry many times. I am feeling the unconditional love, the importance of life and I feel realized!!!
I love you Agatha!!!!!!!!!!!!!
Happy Birthday!!!!!

Diz muito!!!!!!!!!!!!!!

Achei fantástico!
E quis postar aqui....
Não fui eu quem fiz mas acho que diz muita coisa.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quinto andar, por favor.

O mês de novembro foi extremo. Dias muito bons ou muito ruins. Nada morno. Quente ou frio. Destemperado.
Em alguns espaços indeterminados de tempo reinou a euforia, alegria, curiosidade, descoberta, simpatia, reflexão, tesão, emoção, relax e a felicidade do poder e da conquista.
Já em outros diferentes espaços indeterminados de tempo, governaram o medo, a angústia, a preguiça, o desapontamento, a preocupação, a dor de cabeça incessante, o baixo astral, a monotonia, a falta de prazer.
Eu estava me recordando de um edifício antigo em Belo Horizonte, bem no centro da capital, com inúmeras salas comerciais. Eu ia com certa freqüência nesse prédio há alguns anos atrás. Meu médio era lá, por isso o motivo das minhas visitas a um prédio antigo em Belo Horizonte. O prédio tinha DEZ ANDARES. O elevador era robusto, grande e firme apesar de muito antigo. Sabe aqueles elevadores que tem uma segunda porta de grade? Você sabe qual tipo de elevador do qual estou falando?
Pois é.
O elevador trabalhava freneticamente. Afinal de contas eram dez andares para percorrer. Você consegue imaginar quantas vezes por dia um elevador desce e sobe os dez andares? Muitas viagens são tranqüilas, os viajantes falam baixo, estão felizes, se cumprimentam e a energia emanada contribui para o funcionamento e o trabalho árduo do elevador. Porém em outras viagens o elevador tem vontade de soltar a corda e deixar seu corpo cair em queda livre.
Mesmo velho e cansado, ele sobe e desce milhões de vezes ao dia, de acordo com o desejo de quem viaja. Cumpre seu papel de forma satisfatória. Entretanto e algumas subidas emperra, faz pirraça, reclama do peso, tira um pouco de carga e continua a subida. Em outros períodos trabalha como se tivesse cinco anos de idade, desliza entre os andares como se bailasse ao vento.
Mês de novembro...
Um mês elevador.
Um mês de:
sobe e desce
andar e parar
sorrisos e choros
cantos e desencantos
escutar e falar
coragem e medo
vontade e preguiça
alegria e tristeza
sonhos e pesadelos
força e fraqueza
Por isso, a partir de hoje, vou visitar meu médico com mais freqüência do que antes.
Quinto andar, por favor!

domingo, 24 de outubro de 2010

Urso Polar no Outono















O Outono chegou.
O outono do lado de cá é diferente. É mais frio, contudo tem muita cor.
As árvores têm cores que eu jamais vi. Em uma só árvore você consegue ver quatro ou mais cores.
O outono aqui salta aos olhos.
O dia é claro, frio e colorido e as pessoas forçadamente ficam mais próximas, pois todas querem ficar no calor dos lugares, no aconchego das frias paredes.
Como sempre, e vocês já sabem, eu transfiro tudo o que vejo para o meu mundo particular.
Posso parecer uma "pessoa de outro mundo", um "extraterrestre", ou quem sabe uma pessoa "extra ordinária". Esta sou eu.
Eu me sinto hoje como o outono. Sinto frio. Um frio que jamais senti, um frio que gela o coração, que petrifica. Um frio de solidão, de vazio no peito. Eu sinto frio e busco me aquecer de alguma forma. Os meus sentimentos me ajudam a esquentar a alma. E escrever é uma forma de fazer dos meus pensamentos uma lareira. Mas, ao mesmo tempo em que eu vejo o dia mais claro e vejo mais cores ao redor eu não consigo ver cores em mim.
Talvez hoje eu seja uma árvore de outono, que vai perdendo suas folhas e vai se desnudando dia a dia. As folhas caem do meu tronco como se fossem peles e máscaras, me deixando exposta ainda mais ao frio. As folhas deveriam me aquecer não?
Mas o outono é cruel com as árvores. Suas folhas não resistem ao frio, e se ela for suficientemente forte sobreviverá ao inverno completamente despida, entregue, de cara lavada.
As folhas podem adubar a terra que fortalece meu tronco, mas quem vai me aquecer? Terei de ser forte para resistir ao outono e continuar viva até o inverno passar.
O outono é um cinema diário da vida. Cada dia é diferente apesar das semelhanças. Todos os dias as cores mudam mais, até que um dia não exista cor nenhuma.
Espera aí. Pode ser o contrário!
Pode ser que um dia todas as cores se fundem em uma só cor. Branco!
O que será do meu tronco quando ele estiver branco?
Eu não quero a pureza do branco simplesmente, eu quero sua suavidade e sua verdadeira essência. Eu quero ser branco, mas de acordo com o real contexto do branco, ou seja, a união de todas as cores.
Vou esperar o outono passar. Vou ver o inverno chegar. E vou tentar fazer do branco um arco íris.
Eu queria um urso branco no meu inverno branco.
Eu queria um urso polar. Eu queria o calor da sua pele, o calor da vida, o calor do amor.
EU TE AMO MEU URSO POLAR.
EU TE AMO MEU URSO BRANCO.

domingo, 10 de outubro de 2010

SINTO FALTA!!!!!!!!!!!


Hoje meus sentimentos estão confusos. Muito confusos. Very, very, very, confused!!!!!!!
Eu não sei se eu vim para os Estados Unidos aprender inglês ou se eu vim para me conhecer melhor. Eu estou sozinha, triste e não tenho dado oportunidades a mim mesma de viver muitas coisas.
Eu estou na varanda da casa da minha tia. A vista aqui é maravilhosa. Eu tenho um privilégio que muitas outras pessoas não tem. E o que eu estou fazendo com este privilégio? Jogando pela janela? Jogando pela varanda melhor dizendo???
Eu estudei hoje quase que o dia todo. Eu estou cansada, quero colo! Quero um carinho, preciso de um carinho.
Eu sei, tem muitas pessoas que estão longe de mim e que me amam, vamos começar a nomear: Agatha, Carol, Patrícia, Rita, Cris, Carol... mas e aí? Vocês estão longe. Eu sei, eu sou a culpada! Afinal quem partiu fui eu.
Mas e como recomeçar aqui? Novos amigos? Como é difícil fazer amizades por aqui... Mas eu fiz um amigo, o Carlos. Carlos, por incrível que pareça é de BH. E vai ser sempre meu amigo, tenho certeza! Ele vai tomar cerveja na minha casa. Ah, se vai!!!!!!
Mas o carinho que eu preciso é outro. É um carinho diferente daqueles que quem tem medo sai da frente!!! Hahhahahahaha.
Eu sinto falta de um beijo de tirar o fôlego, de um toque de estremecer, de um chamego daqueles que nos faz enlouquecer. Eu sinto falta de um susurro no ouvido, de um cafuné, eu sinto falta de um bom dia de alguém que todo dia acorda do seu lado, eu sinto tanta falta de tanta coisa que até perco o sentido só de pensar!
Eu tenho asas e não estou voando, o meu passarinho está domindo ou eu que estou fazendo ele ninar?
Eu sinto falta de voar...
Eu sinto falta da brisa nova, eu sinto falta de cantar, eu sinto falta de estar sempre a taguerelar. Eu sinto falta de tanta coisa que nem dá para contar, eu sinto falta do colo da minha mãe, aí que vontade que dá.
Eu sinto falta de segundos que sempre me fazem suspirar, eu sinto falta de lugares que nem imaginava lembrar. Eu sinto falta do cheiro da noite que só existe em um lugar, eu sinto falta do amanhecer a cada dia devagar...
Eu sinto falta de uma "Brahma", eu sinto falta de uma piada boba, eu sinto falta de tanta coisa que é de arrepiar.
Eu sinto falta da preguiça da minha filha, eu sinto falta de relaxar, eu sinto falta de um cochilo que se tira em um piscar.
Eu sinto falta das quintas-feiras, eu sinto falta de matar! Eu sinto falta de tantas coisas que ninguém pode imaginar.
Eu sinto falta de muitos segundos que se fixaram em minha memória sem me perguntar, eu sinto falta de um vestido que dá vontade de usar.
Eu sinto falta da toalha velha, da geladeira que congela, eu sinto falta do travesseiro que tem o meu cheiro. Eu sinto falta de gargalhar.
Eu sinto falta ah, ah!!!!
Eu sinto falta do Daniel. Olha isso! É de matar! Essa praga é um vício. Um deliro, só de lembrar!
Eu sinto falta das nossas conversar a devagar...
Eu sinto falta do jeito dele devagar...hehehehe
Eu sinto falta da falta de juízo! Eu sinto faltaaaa.
Eu sinto falta de mim mesma! Da vontade de chorar.
Me desculpe a minha falta mas a falta está difícil de se sustentar!!!!
Miss you!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

À minha filha!!!!! Mas você pode ler....


Oi filha , tudo bem?
Pelo visto você não está com saudades de mim , nunca me escreve!!!!( Brincadeira, sei que está apertadada na Faculdade)
Aqui a coisa está super, hiper, ultra, mega difícil. Não sei se vou conseguir aprender a falar inglês, acho que isso não é para mim.
Mas eu vou tentar até o fim do ano.
Eu estou na casa da tia Marta porque ela viajou e eu estou cuidando do gato dela, para isso vou receber 400 dólares e esse dinheiro eu já estou devendo , porque a Fane me emprestou para eu solicitar o direito de trabalhar.
Mas eu penso que não sei se vou conseguir trabalhar, eu tenho muita dificuldade em pensar em inglês, eu sempre penso em português e isso dificulta meu processo.
Eu estou presa de alguma forma a nossa cultura, ao nossos costumes, a nossa vida simples e tranquila.
Talvez esse seja o maior aprendizado que eu estou tendo aqui, dar cada vez mais valor a tudo que temos e somos.
Eu imagino que você deve estar muito ocupada e estudando muito, namorando muito e se divertindo quando dá.
Eu acredito e quero que você esteja feliz, isso é o que mais importa para mim.
Sei que você vai demorar a ler esse e-mail , mas saiba que no meu dia a dia você está sempre comigo, em tudo que faço aqui, quando vejo muitos dos meus companheiros de escola , penso que você deveria estar fazendo o que eu estou fazendo e não eu! Mas o destino de certa forma me fez escolher dar este passo agora. Espero que seja um passo acertado.
Eu e o Fernando estamos bem , ele me escreve todos os dias e sempre que podemos nos falamos via gmail, pena que isso não tem acontecido com a gente , mas tenho certeza que não é porque não queremos e sim por contigências da vida.
Eu sinto que você está feliz com seu pai e isso também me deixa muito feliz. Seu pai, pode ter muitos defeitos, mas ele é um homem bom , e te ama muito. Saiba e tenha certeza disso. Pode dizer a ele que eu falei , eu acho que ele vai ficar feliz.
Quero muito que você saiba que meu coração dói em pensar que estamos longe e que estou perdendo muitas coisas que acontecem na sua vida, mas de qualquer forma um dia ou outro isso vai acontecer , porque borboletas voam e você é uma borboleta maravilhosa!!!!
Te amo, maior que o céu!
Se sinta abraçada e beijada por mim todos os dias.
Te amo.
Te amo.
Te amo.

sábado, 25 de setembro de 2010

Eu quero!

Nossa, quanto tempo hein?
Eu sei que estou em falta comigo mesma, mas nem sempre as coisas acontecem da maneira que queremos.
Hoje é um dia diferente para mim. Pela primeira vez eu fiquei em casa sozinha, e sinceramente bateu um vazio enorme.
Aqui as coisas estão caminhando , como em qualquer lugar do mundo. Os passos são dados, as mãos tentam tocar novas possibilidades e a cabeça fica o tempo todo questionando se ainda não é pouco.
Eu sou uma pessoa perfeccionista, eu me cobro sempre. O melhor é pouco eu devo fazer e ser melhor, como a minha irmã disse: "nossa família é assim , não aceitamos não sermos imperfeitos e lutamos a cada minuto pela perfeição."
Só que hoje, eu posso ser sincera? Não queria ser assim. Talvez isso esteja atrapalhando meu desenvolvimento,o desejo e a necessiadade de ser perfeita pode tirar de mim a oportunidade de me expor, de me soltar para aprender.
Eu estou sofrendo, estou sofrendo porque não estou conseguindo aprender, estou sofrendo porque tenho sido fraca, porque tenho questionado tudo para ver se tenho a resposta se o caminho é realmente este.
Estou sendo fraca?
Estou desistindo?
Estou quem sabe percebendo que eu posso não ser capaz? Ou eu estou sendo covarde? Ou eu estou querendo me esconder de mim mesma?
Eu tenho ruído unha, minha pele tem coçado tanto que parece que todo meu corpo está cicatrizando de um machucado e a casquinha quer sair... Sabe aqueles machucados que a casquinha puxa a pele? Pois é, é exatamente essa sensação que tenho, que meu corpo é uma feridinha e que a casquinha não quer ficar aqui...ela puxa o resto da pele, ela quer sair...
Minhas unhas estão horrorosas. Eu odeio unhas feias. Eu estou odiando minhas unhas. Eu quero minhas unhas bonitas, grandes, vermelhas, eu quero!!!!
Eu quero minha pele lisa, meus cabelos dourados, minha sobrancelha desenhada, eu quero!!!! Eu quero meu guarda-roupa completo, eu quero meu expelho, meu reflexo, eu quero meu canto, meu espaço, minha história, meus contatos.Eu quero!!! Eu quero ter tempo de perder tempo. Eu quero respirar sem me apovorar. Eu quero fazer a minha comida com o meu tempero, eu quero o prato azul pra almoçar, eu quero o travesseiro velho, o edredon suado, eu quero o pinga pinga do chuveiro, a água que mal esquenta, eu quero a televisão queimada, o sol da tarde na varanda, a cerveja de quinta,ah como eu quero!
Eu vou parar de roer minhas unhas, eu vou parar.
E quando elas estiverem vermelhas, eu sei que eu vou chorar.
Amo as unhas vermelhas. E eu quero de novo tê-las.
Beijos.Saudades.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Hamadan... Frostburg...Football Americano...Homework...






Bom , tem muito tempo que não apareço por aqui.
As coisas estão corridas para mim.
Minha vida tem sido assim: acordar cedo, preparar café, ajudar com as crianças, me preparar para a aula, assistir aula, voltar para casa, ajudar com as crianças, estudar, ler meus e-mails, tentar falar com pessoas que amo e depois dormir para amanhã começar tudo de novo. Cansei só de escrever...
Mas eu tenho que aparecer aqui, não consigo ficar sem fazer uma visitinha, nem que seja rápida.
Esta semana passou muito rápido. Nem senti quando já era sexta-feira que estava na hora de abrir uma cerveja e relaxar. Na Universidade o tempo voa, porque é tanta coisa a se fazer , tanto a aprender que você necessita de mais tempo, o tempo que te é oferecido é pouco. Mas está sendo bom.
As vezes eu penso que eu não vou aprender nada, que inglês é muito complexo para mim, mas logo em seguida eu fico repetindo para mim mesma que eu sou capaz, que em dezembro já estarei falando e me virando super bem, eu fico tentando convencer a mim mesma de que eu sou capaz! Isso é bom , nem sei quem me ensinou isso, mas eu sempre brigo comigo mesmo muitas vezes nesses quisitos. Um lado meu acredita em mim , outro lado meu não acredita. Será porque?
Na quinta-feira recebi um telefonema. Ah vocês não sabiam? Eu já tenho telefone aqui. Estou metida mesmo! E esnobando!!!
Pois é, minha prima me ligou me convidando para passar o fim de semana em sua cidade. E é claro, eu aceitei!
Na sexta-feira tivemos uma festinha surpresa dos nossos amigos de classe que são da Arábia Saudita. Eles são da religião Hamadan e no dia 11 de agosto deu-se o início do mês Ramadan. Este é o nono mês do calendário islâmico, que é diferente do nosso calendário cristão. Nesse mês eles jejuam do raiar do dia até o por do sol, sem ingerir nenhuma espécie de alimentos ou líquido. Quando o jejum acaba, após 30 dias, eles comemoram com festas, doces típicos, chás, e muita alegria. E foi com esta alegria que nos presentearam com uma surpresa deliciosa no fim da semana.
Aziz é o mais próximo amigo meu da Arábia Saudita, ele é divertido, curioso, inteligente e alegre, tem pouco mais de 20 anos e tem uma sede de conhecimento. Eu gosto dele. Eu gosto de arranhar o inglês com ele. Ele me ensina muito.
Bom, o convite da minha prima Bárbara não poderia ser melhor.
Saí daqui de Baltimore as 06:45 da manhã cravados. Foi o horário que o Scott combinou de me pegar e partimos para Frostburg.
Lá, conheci novas pessoas, novos lugares e pela primeira vez vi ao vivo um jogo de futebol americano, e ainda conheci uma cidade que fiquei encantada.
Frostburg é uma cidadezinha pequena, charmosa e com aquela cara de cidade de interior americana que muitas vezes ja vimos nos "enlatados americanos". É uma cidade linda, cheia de características muito típicas de uma cidade pequena, com um toque a mais de mistério. Eu fiquei encantada.
A Bárbara, minha prima, mora em uma casa deliciosa bem no fim de uma rua, com a mata pulsando na porta, corre um rio pequeno ao fundo e se você prender a respiração você consegue escutar o andar das águas.
A noite nós tomamos cerveja assentados lá fora com uma fogueira queimando para nos aquecer. Foi delicioso.
No domingo eu já estava de volta. Cheguei em Baltimore pouco mais de oito horas da noite e fui estudar e fazer meu "homework".
Bom é isso. Mais um homework cumprido.
Beijos a vocês.
Saudades

sábado, 4 de setembro de 2010

PLEASE, CAN YOU HELP ME?


Eu estou em Baltimore. Baltimore é uma cidade que fica no estado de Maryland, que por sinal é linda e tranquila.
Tranquila? Não sei, em apenas um dia eu vi duas batidas muito fortes de carro. Ah! Mas isso não quer dizer que não seja tranquila. É tranquila!! Hoje brincamos com as crianças na frente de casa, coisas que eu fazia quando menina. E eu te garanto que minha filha não fez, aliás, até fez, mas na casa da avó e no quintal , não na rua!
Eu estou aqui tentando achar as coisas boas que a Amércia pode oferecer. Na verdade eu tive uma conversa longa com minha irmã sobre as diferenças entre o Brasil e os Estados Unidos.
Eu sinceramente penso que em qualquer lugar que eu esteja eu irei sentir uma grande diferença do Brasil, porque querendo ou não , nós brasileiros, temos um jeito único de ser, de agir, de tratar, de viver e de ser feliz mesmo vivendo tantas dificuldades. Somos heróis, e muito mais heróis que qualquer um BBB que entrou ou venceu essa "merda" de programa que nos aliena.E acreditem , eu assisto!
Somos guerreiros porque sempre acreditamos que tudo pode melhorar , porque sempre fazemos o que é melhor em nosso trabalho, porque nos dedicamos, somos corretos, coerentes, sabemos do valor de um emprego e do salário que ele provém. Somos heróis porque por mais taxas, taxas e mais taxas que existam , conseguimos aos poucos fazer algo em prol de nós mesmos , mesmo que pouco. Somo heróis porque temos sede de progresso , de melhoria, de construção de retorno, temos vontade de vencer em um país que pouco nos oferece. Somos heróis , é isso que penso.
Mas eu hoje estou sendo mais heroína que eu jamais imaginei ser. ( será que é droga?hehehehehe). Não, eu estou realmente me vencendo, vencendo meus medos , minhas fraquezas , minhas limitações.
Sou um ser, como qualquer um de nós, uma simples pessoa em busca de sonhos, realizações e conquistas. Mas eu preciso dizer que não está sendo fácil. Minha avó sempre dizia que "Deus não coloca a cruz maior do que você pode carregar". Mas será que ele colocou ou eu busquei? Eu escolhi? Como será que isso funciona? Minha avó não está mais aqui para me responder. Alguém se abilita?
Pois é, mais uma semana na Universidade. Por enquanto o inglês não flui, mas as tentativas são muitas. Você pode imaginar eu , brasileira, sem falar nada de inglês conversando com um koreano, ou um cara que nasceu em Mali, ou um chinês, ou quem sabe um árabe? Pois é, isto tem sido minha vida. Tentar me comunicar com pessoas que não sabem inglês como eu e que estão tão assutados quanto eu e que têm vontade de aprender, esse é o único elo entre nós ( por enquanto), vontade de aprender o inglês.
Mas é engraçado sabia?
É interessante ver as pessoas tentando se comunicar, buscando palavras conhecidas de forma a tornar um diálogo viável. Engraçado e ridículo. Me sinto como um palhaço no circo apresentando um número no qual nem a platéia nem os apresentadores entenderiam o motivo do riso. Mas como é bom rir disso tudo! Como é bom!!!!!!!!!!!!!!!
Eu acho que no ano que vem vou rir mais ainda, mas hoje o riso é de nervoso, o riso é tenso, a apresentação do espetáculo é comedida. Mas existe um espetáculo, se for parar para pensar, isso é o que importa. Um espetáculo meio xoxo, sem sal, mas com algumas pitadas de hironia do destino e fantasia.
Ai... a fantasia...Será que esssa fantasia vai virar realidade?
Please, can you help me??