domingo, 5 de junho de 2011

"Viajo para ver de perto o que está longe e ver de longe o que está perto."




Hoje é dia 05 de Junho, faz quase um ano que eu comecei esta pequena jornada que me propus a cumprir.
Muitas coisas aconteceram nesses meses, muitas pedras no caminho, muitos abraços, muito sorriso e muito choro, tristeza e solidão também. Algumas vezes eu paro e me pergunto se tudo isso vale a pena. Me pergunto o que eu estou fazendo? Para que eu estou fazendo tudo o que tenho feito? Onde realmente eu quero chegar?
Não sei exatamente para onde estou caminhando, me sinto perdida no meu mundo de Alice.
Meus pensamentos mais prazerosos estão nas pessoas que amo e que estão distantes de mim fisicamente. Acho que é natural. Como diz uma frase que li a algum tempo atrás; "Viajo para ver de perto o que está longe e ver de longe o que está perto."
Hoje depois de fazer uma grande e demorada viajem vejo o quanto minha vida simples, pacata, anônima, comum e trivial é tão importante para mim. Como as pessoas que mais amo nesta vida são peças fundamentais em meu quebra cabeça.
Hoje vejo com outros olhos e sinto que o valor que as pessoas tem em minha vida é maior do que eu imaginava. Simples carinhos e abraços de conforto e carinhos, simples gestos de amizade, um colo, um sorriso, um abraço caloroso, momentos de silêncio, dias de festa e música, dias de sol, dias de caminhadas na Avenida Silva Lobo, dias quentes para ir tomar sol na casa da Carol com piscina de plástico e muita cerveja gelada, dias de chuva para encostar na cama e dormir a metade do dia e a outra metade comer e e assistir a algum filme, dias de muito trabalho, dias de correria, dias simples como um almoço feito em casa com o maior tesouro da minha vida: minha filha. Dias de ir ao shopping , dias de não fazer nada, dias de trabalhar quase que o dia todo. Vida comum, mas vida com vida.
Como viajar faz bem a mente. Como sair do seu espaço comum é importante e nos faz crescer. Talvez seja este o meu propósito. Talvez eu já tenha conseguido responder as muitas perguntas que me faço com frequência. Viajar faz bem para a alma, renova o espírito, eleva o nosso ser.
Viajar é imenso, um campo vasto de estudo e conhecimento, viajar transforma, completa, aprimora.
Viajar é preciso. Como diz Amyr Klink,

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser”

Conto os dias para ver de perto o que está longe.
Amo vocês minhas peças de quebra cabeça! E amo também meu mundo de Alice. Pois é nele que encontro conforto, que sou quem eu sou sem medo de nada, que me permito chorar, sorrir, não fazer nada, ou fazer tudo.
Beijos no coração.