sexta-feira, 27 de agosto de 2010

University Towson

Primeira semana na Univerty Towson.
Na segunda-feira eu cheguei a Universidade e me sentia um peixe fora d'água. Eu conheci os preofessores, os alunos (de diferentes nacionalidades,felizmente ou infelizmente nenhum brasileiro) e também conhecemos o Campus. É uma cidade! Precisamos de mapa até nos adaptarmos ao seu espaço devidamente construído de acordo com as necessidades, tudo muito bem planejado e organizado. É um padrão interessante para se conviver, mas as vezes me incomoda tanta perfeição! Não sei, será que não é bom ter sempre o que fazer? Algo a melhorar?
Me lembro muito bem de um reveillon que passei na Chapada (Chapada fica a 7 km de Lavras Novas, no estado de Minas Gerais), eu passei um reveillon na casa de um dos amigos do Rodrigo. A casa não estava completamente terminada e o melhor, estava em um lugar estratégico da região, onde somente as montanhas, as estrelas, o sol e a lua nos avistavam, era extremamente reservado e com uma natureza que invadia meu corpo. O dono do lugar, se não me engano, o nome dele era "Bolão", em meio a algumas conversas de fim de noite que sempre tínhamos, ele disse uma vez que não queria nunca acabar a casa, pois a cada amanhecer ele sabia que tinha algo para fazer. Eu não sei se penso assim , mas é um ponto de vista interessante.
Enfim , voltamos a Universidade de Towson. Como disse, no primeiro dia muitas apresentações, muitos discuros, muitas formalidades. Terça foi mais tranquilo, um passo maior foi dado. Fizemos brincadeiras de interação e conhecemos um pouco mais de cada um. Em seguida novas normas, procedimentos e contratos.
Quarta-feira foram feitos os testes. Todos foram examinados quanto ao conhecimento em leitura, escrita, gramática e o poder de entendimento ao escutar. Eu sabia que não tinha grandes conhecimentos, afinal eu estudei inglês quando tinha 11 anos. Fazer o que? Nível 1!! Mas eu queria que fosse assim. Uma base sólida para tudo que está por vir.
Quinta-feira apenas brincadeiras depois eu consegui junto ao centro de TI colocar internet no meu computador, comprar meus livros, assentei na grama debaixo de uma sombra, escutei música, fui a biblioteca, conversei algum tempo com o Fernando dentro de um dos cafés que exsitem por lá, já utilizando meu notebook e finalmente minha irmã chegou para me buscar!
Foi tranquilo. Foi bom me virar, saber que eu dou conta de fazer as coisas sem depender de ninguém mesmo não sabendo ainda o idioma.
Hoje preciso voltar a Universidade para eles avaliarem o teste de tuberculose. Eu acho que não deu nada, graças a Deus. Depois disso apenas fazer meu e-mail da Universidade e voltar para casa.
Ah! Hoje quero e mereço tomar uma cervejinha.
Vem tomar comigo?
Saudades!

domingo, 22 de agosto de 2010

Uma pedra no caminho

Continuo no aeroporto de Guarulhos, agora essa "cidade" está acalmando, o movimento é menor e o silêncio começa a sussurar por aqui.
Eu sinto que essa experiência nada agradável de dormir em um aeroporto vai me proporcionar grandes reflexões. Eu começo a pensar em tudo que eu já fiz e onde estou agora depois de tantos percalços.
O frio bate na porta, então eu comecei a imaginar as pessoas que não apenas por uma noite, mas várias noites seguidas dormem na rua, sem um agasalho, sem um colchão, ou melhor dizendo, sem um teto. Isso me fez agradecer mais uma vez todo o conforto e calor que recebi até hoje me minha vida. Eu não falo apenas do calor de uma coberta, mas do calor de uma família, amigos, uma célula que faz de nossas vidas uma micro cidade.
Estou mais calma agora.
Pensar nas pessoas que passam frio, fome ou qualquer outra necessidade fez meu coração dançar em um ritmo mais lento.
Eu penso constantemente em você Agatha. Como eu quero que você seja feliz!
Eu penso em você Fernando, penso que alguma razão tem para você surgir assim, do nada em minha vida.
Penso na minha família, cada um com suas vitórias e diferenças.
Penso em vocês meus amigos, a história de cada um me desperta a atenção.
Enfim a minha "cidade humana" eu penso nesse complexo mundo chamado Pollyanna.
Eu estou só. Agora preciso refletir o amanhã. O que está preparado para mim? Como vou construir esse futuro? Seá que ele vem?
Daqui a pouco é amanhã. São 23:42 horas. Talvez eu consiga dormir, talvez não. Talvez eu acorde desse sonho ou talvez o sonho e acorde. Eu vou descansar, meus pensamentos estão confusos... Casei de escrever, quero ficar só. Não. Não é isso. Eu já estou só. Eu não quero é me mostrar mais. Vou fechar os olhos e ver o que acontece.
Boa noite.

Medo

Saí de Belo Horizonte dia 20 de agosto as 11:50 horas. O avião decolou e eu parti para São Paulo sem saber se iria conseguir embarcar para New York. Foi uma decisão defícil, ficar em Belo Horizonte ou seguir á São Paulo e arriscar a sorte. Por alguns momentos pensei em desistir de tudo.
Quando fazia a mala no dia anterior meus olhos teimavam em fazer desses momentos uma tempestade de chuva e eu pensava em toda a minha vida, em minha filha, na minha família e em todos que eu amo de forma natural, plena e insana. Eu pensava: O que será da minha vida daqui em diante? E as pessoas que me cercam? E as que emocionalmente dependem de mim?
Eram muitos trovões de pensamentos que tornaram a minha vida nessas horas uma tormenta. Eu havia a poucos dias sofrido uma despedida dolorosa. Fernando, o homem que amo e quero ao meu lado tinha me deixado no aeroporto em Madri. Barajas ficou pequeno para tantos sentimentos que borbulhavam em meu peito. E agora mais um passo a ser dado que nesse momento parece ser maior que as minhas pernas. Em breve eu saberei se isso é verdade.
Estou agora em São Paulo e amanhã estarei na América. Será que conseguirei administrar meus sentimentos, domar meus pensamentos e fazer calar toda a saudade?
Dói, hoje dói muito. Amanhã veremos como vou estar, sobrevivente quem sabe...
Filha, saiba que você é meu maior tesouro, você é minha vida, meu combustível e razão da minha existência. Minha família o alicerce. E vocês meus amigos tornam a minha realidade mais prazerosa, meus momentos de vida tem mais cor com vocês. Em cada gargalhada, cada caso contado, cada novidade que nos movimenta torna a minha vida quente e aconchegante.
Eu vou tentar ser forte, como sempre tentei.
Espero não decepcionar ninguém.
Amo vocês!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Madri



Cheguei em Madri as 12:30 minutos, estava ansiosa para ver o Fernando, meu coração batia forte como um liquidificador triturando gelo.
Peguei minhas malas,(mala é uma mala mesmo né?) e segui em direção a saída, o coração aumentando a batida, e quando menos esperava eu o avistei!
Lindo, tranquilo, com flores perfumadas a me esperar.
Não controlei minha emoção e abandonei carrinho, malas, bolsa, tudo! Corri para seus braços com sede dos seus beijos. O bom que toda a minha emoção e sentimentos foram correspondidos de forma avassaladora. Hum...como foi bom!
Depois de muitos braços, beijos, carinho, sorrisos de nervoso e de felicidade fomos em direção a nossa pousada. Meu Deus , que pousada charmosa! Ficamos na Pousada del Peine, uma pousada do século XVIII que nos acolheu com todas as emoções que estávamos vivendo.
Depois de nos acomodarmos partimos para descobrir Madrid, sem carro, apenas andando de mãos dada como se o dia nunca fosse acabar nunca. Andamos por toda a cidade antiga, conhecemos cada ruela, cada bar com seus bocadillos, cada cantinho especial onde pudéssemos repartir nossas emoções e foi assim que tudo começou.
Madri é uma cidade linda, possui uma energia diferente, é uma mistura do novo com o antigo que se completam de uma forma única. Fiquei encantada.
Segue uma imagem que reprenta em parte de forma simples o que é Madri para mim. Uma loucura!!!!!

sábado, 7 de agosto de 2010

Passeio de barco!

Ontem o dia amanheceu agitado.
O vento era forte, o mar sacudia seu corpo com vontade, o sol era brando, mas presente, e o dia sorria pra mim.
O despertar aqui é sempre tranquilo e suave, acontece naturalmente, quando o corpo já está cansado de descansar...
Depois de alguma horinha na cama, dessas gostosas que a gente faz antes de levantar, veio a confirmação, um passeio nos esperava.
Depois de um banho nada melhor que um bom café, as torradas com azeite, sal e tomate me esperavam para devorá-las e eu não as decepcionei! Como comi esta manhã! Agora era esperar que Fernando voltasse do "Mercadona" para fazermos uns bocadillos para o passeio.
José, Estreia, eu e Fernando. Encontramo-nos por fim para marchar ao porto. Muitas coisas para carregar, muitas coisas em que se preocupar, como diz Fernando: o barco é para relaxar , mas tanta coisa para se pensar muitas vezes me estressa.
Chegando ao porto, carregamos tudo novamente ao barco, gelo, cerveja, tortilla, bocadillos, toalhas, máquina fotográfica e "nosotros".
Partimos então em direção ao Mar Menor. Mar Menor pode-se dizer que é um grande lago de água salgada na província de Múrcia, onde suas águas são mornas e calmas, como se dormissem em rede debaixo de uma sombra.
O barco roncava com a força de seu motor e eu e Fernando estávamos na proa e a emoção era como se estivéssemos montados em um touro bravo e para quem nunca montou em um touro e quer entender qual era a emoção pode-se dizer que parece com uma montanha russa á deriva. Cada segundo era uma surpresa, e o vento balançava meus cabelos com força, o sol cintilava e o cheiro do mar invadia meu corpo. Chegamos.
Vivemos o dia com tanta intensidade que parecia que não mais estaríamos aqui amanhã para contar. Comemos, bebemos, brindamos, festejamos a vida com uma excêntrica certeza: momentos são únicos, plenos, e é preciso vivê-los como nos são presenteados.
Eu ganhei um passeio de barco e naveguei.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Chego em Madri, dia 31 de julho as 14:00 horas.
Muitas coisas passavam em minha cabeça, minhas mãos suavam , meu coração batia mais forte o calor era abafado como se estivesse em uma sauna onde se transpirava amor.
Peguei minha mala vermelha, sabe aquelas malas que de longe você vê que é sua? Enfim, com o carrinho a postos, a esteira rolando e a mala vindo em sua direção.
Para retirá-la da esteira foi fácil, apesar do peso, para colocar no carrinho também , outro passo simples, o mais difícil e o que fazia meu coração disparar estava por vir.
Enfim, o carrinho se movendo e as minhas últimas forças o empurravam em direção a saída. Era como se chegar ao encontro dos seus sonhos. Um amor.
Fernando me esperava e com ele flores lindas, frescas, pronto a me receber.
Foi maravilhoso, incrível, indescritível, um momento daqueles que se perde a fala e a única coisa que se sabe fazer é abraçar, correr as mãos envolta à pessoa e sentir o cheiro que nunca sai da memória.
Aqui estou, depois de dias de espera, ao lado de uma pessoa muito especial em busca de conhecer-me mais e conhecê-lo mais.
Mais um encontro e momentos a se viver depois de alguns encontros excassos e espaçados.
Madri nos presenteou com dias suaves e tranquilos. Em seguida Segóvia e Ávila, pleno mergulho na história.
Estou agora em Campoamor, o mar resmunga em frente. Além do amor ao meu lado, carinho, calor, comida, cigarros e boa música.
E assim eu sigo, tranquila.
Até logo.